| 20/03/2003 13h43min
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, precisou de pouco mais de três minutos para se pronunciar oficialmente sobre o início da investida militar dos Estados Unidos no Iraque. Lula manteve o discurso apresentado pelo governo federal em nota oficial divulgada à imprensa na manhã desta quinta, dia 20, dizendo lamentar o início da ação armada no país de Saddam Hussein.
O líder brasileiro combateu, particularmente, o recurso à força sem a autorização expressa da Organização das Nações Unidas (ONU). O petista disse ter tomado, desde a posse em 1º de janeiro, iniciativas com vistas a uma solução pacífica para a crise protagonizada por norte-americanos e iraquianos. Lula garante ter feito o possível para, diplomaticamente, obter sucesso nas tratativas necessárias para evitar os combates.
Estéreo diante do início do conflito, o presidente brasileiro afirmou preocupar-se com o sofrimento de inocentes, cujas vidas, conforme ele, têm de ser preservadas:
– Faço um apelo para que sejam respeitadas as normas do Direito Internacional Humanitário, principalmente, no que se refere à proteção das populações civis e dos refugiados – disse. Lula não escondeu, também, a inquietação com a possibilidade de a guerra instaurada no Iraque repercutir regional e internacionalmente:
– Não queremos ver o agravamento da instabilidade no Oriente Médio, região de onde descendem milhões de brasileiros e brasileiras – afirmou.
O presidente brasileiro assegurou estar tomando todas as providencias para evitar que o país sofra com os efeitos da guerra e finalizou:
– Estamos cuidando do abastecimento e da saúde. Da vigilância das nossas fronteiras e do apoio aos brasileiros que vivem na região afetada pelo conflito.
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