| 16/01/2009 00h53min
A opção de reduzir jornada ou salários para combater a crise ainda não entrou na pauta oficial do debate entre os trabalhadores e a indústria catarinense. Mas o empresariado e sindicalistas do Estado acompanham atentos os desdobramentos dos acordos que partem de São Paulo. Empresas do setor de autopeças de Santa Catarina já estudam propostas para cortes.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), Alcantaro Corrêa, diz que a entidade não tomará a frente neste tipo de negociação. Embora aponte acordos que estabeleçam a redução das jornadas e dos salários uma solução para a manutenção do emprego, ele defende que este tipo de negociação deve partir de cada empresa.
Na regional catarinense da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o presidente Neudi Antônio Gianchini diz que até agora não foram formalizados pedidos de redução de jornada e salário e afirma que entidade se recusa a sentar numa mesa de negociação que cogite esta hipótese.
Mas diante do cenário de crise,
Gianchini diz que a CUT está mais flexível no debate sobre a autorização banco de horas, mas defende que tudo precisa ser discutido com cautela.
— Quando as empresas davam lucro, nada foi divido com os trabalhadores. Agora elas querem dividir o prejuízo — reclama.
Os setores de autopeças e metalurgia estão entre os mais atentos aos debates sindicais. O diretor do Sindipeças de Santa Catarina, Hugo Ferreira, diz que já existem empresas estudando a proposta de redução em 25% da carga horária e dos salários dos trabalhadores.
O Sindicado dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica de Jaraguá do Sul e Região fechou o acordo salarial da categoria neste mês, mas sem qualquer corte nos direitos. O presidente da entidade, que representa 21 mil trabalhadores, Vilmar Garcia, diz que a proposta de redução de salário ou jornada sequer foi apresentada pelas empresas.
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