| 14/01/2009 17h17min
A expectativa de uma brusca redução na safra de trigo na Argentina – de até 50% – não deve refletir imediatamente nos preços para o consumidor no Brasil. A avaliação é do diretor presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima), Claudio Zanão.
Segundo ele, a colheita mundial do segundo semestre de 2007, que representa 75% do total de trigo comercializado durante o ano, superou as expectativas e ainda vai garantir a oferta para a indústria durante algum tempo.
– Além disso, ao contrário da Argentina, as próximas safras no Brasil e em outros países que podem abastecer nosso mercado prometem ser boas – diz ele.
Zanão lembra também que, tradicionalmente, no início do ano há uma queda nas vendas dos produtos derivados de trigo.
– Aumentar os preços agora agravaria ainda mais esse quadro desfavorável que as empresas já têm que enfrentar – avalia o executivo.
Apesar das perspectivas favoráveis, Zanão alerta que alguns cuidados devem ser tomados para garantir o abastecimento ao longo do ano.
– É necessário oferecer crédito aos produtores e aos moinhos nacionais, além de garantir condições logísticas adequadas para o escoamento da safra. Como complemento, já é indicado planejar adequações tributárias para facilitar a importação necessária, cerca de 50% do que será consumido, de outros mercados – finaliza o diretor presidente da Abima.
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