| 09/01/2009 18h40min
O primeiro levantamento do ano do Ministério da Agricultura sobre renda agrícola prevê uma queda de 7% em 2009. Preços baixos, custos elevados e escassez de crédito são apontados como os principais fatores. Isso sem contar a redução da safra a ser colhida que, segundo a Conab, terá uma quebra de 5%. Em 2008, a renda agrícola foi a maior da história: R$ 163,3 bilhões. Para 2009, a projeção é de um valor próximo de R$ 152 bilhões.
– Esta redução de renda significa uma redução do poder aquisitivo e de investimento da agricultura. Sem dúvida, essa redução é um sinal de alerta no sentido de aparelhar políticas agrícolas – afirma o coordenador geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques.
No entanto, o ministério ressalta que, apesar da desaceleração este ano, o valor da renda agrícola continua sendo um dos maiores já registrados no país, perdendo apenas para o obtido no ano passado.
Entre os 20 produtos pesquisados, 14 apresentam queda na rentabilidade. A previsão é que as maiores perdas, em termos percentuais, sejam do trigo, com retração de 33,6%; do milho, de 26,7%; da cebola, de 20%; do algodão, de 14,2%; e da uva, de 12,3%. Mas alguns produtos mostram tendência de alta, como a laranja, 14,4%; o arroz, 10,4%; e o amendoim, 9,7%.
Gasques lembra que o ano está recém começando e que os números podem mudar.
– Eu acho que várias coisas podem mudar, a produção pode cair ainda mais, nós podemos ter uma recuperação com as lavouras de inverno, que é o milho segunda safra, o trigo, que podem levar a uma recuperação satisfatória da produção. Nós temos também uma conjuntura que pode ainda implicar em preços mais altos em 2009.
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