| 06/01/2009 15h41min
Com a estiagem que já dura 50 dias, produtores do Paraná registram perdas históricas nas lavouras de soja, milho e feijão. A Secretaria de Agricultura do Estado fez um levantamento em dezembro e divulgou que as safras de soja e milho, antes com recorde projetado, terão quebra.
Até dezembro do ano passado a seca destruiu um milhão das 12,2 milhões de toneladas de soja previstas para esta safra no Paraná. As perdas na produção de milho eram de 1,7 milhão – 20% menos que o calculado. No feijão houve quebra de 25,5% na safra, projetada em 610 mil toneladas. Mas o prejuízo pode ser ainda maior, porque só começou a chover esta semana e, mesmo assim, muito menos do que seria preciso para sanar o déficit hídrico.
A Secretaria de Agricultura anunciou que fará nesta quarta, dia 7, uma reunião para formar um comitê que vai monitorar as perdas no ciclo de verão e orientar os produtores no plantio da de inverno. Devem participar o Departamento de Economia Rural (Deral), Emater, a Federação de Agricultura (Faep), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) e Organização das Cooperativas (Ocepar), entre outras instituições. Pelo menos 10 mil produtores paranaenses já fizeram pedido de seguro agrícola por conta da estiagem.
O comitê deve avaliar os pedidos de perícia que podem liberar os recursos da agricultura familiar e do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) voltados para danos desse tipo. O grupo também discutirá com bancos as normas para o financiamento da safrinha e das lavouras de inverno. Outra atribuição será orientar os produtores a pedir crédito no momento certo, para evitar mais dívidas além daquelas geradas pela seca. O Paraná somava, até dezembro, R$ 1,5 bilhão em prejuízos por causa da falta de chuva.
O Deral está preparando um novo levantamento das perdas causadas pela seca no Paraná. O estudo deve ficar pronto no final do mês.
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