| 18/12/2008 14h38min
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou nesta quinta, dia 18, que a entidade calcula uma quebra de cerca de 10% na próxima safra de grãos, em relação à produção 2007-2008, de 143 milhões de toneladas. A projeção foi divulgada nesta quinta, dia 18, pela presidente da entidade, Kátia Abreu, ao apresentar o balanço anual da CNA para o setor agrícola e as perspectivas para a próxima temporada.
De acordo com Kátia Abreu, a previsão de queda na produção deve-se principalmente à redução de 8% no uso de fertilizantes nas lavouras e à diminuição da área plantada de milho. A presidente da CNA também prevê que os produtores enfrentarão outros obstáculos na próxima safra, como maiores dificuldades na comercialização e na concessão de crédito.
– Até agora, por exemplo, o país só comercializou 18% da soja verde. No ano passado, neste mesmo período, o volume vendido chegou a 50% da safra da oleaginosa –destacou.
O consultor técnico da CNA Guilherme Dias reforçou as preocupações da presidente da entidade. Na avaliação dele, a agricultura brasileira precisa passar por uma reformulação na sua estrutura de financiamento.
– A primeira mudança deve vir do próprio produtor, que deve se apresentar como um a firma rural moderna, capaz de sobreviver aos novos desafios.
Ainda segundo Guilherme Dias, o produtor brasileiro precisa ser mais transparente em suas atividades.
– Se não houver transparência, é impossível montar um seguro de produção para os agricultores – assinalou o técnico da CNA.
Na opinião da Kátia Abreu, a transparência depende da desoneração dos alimentos.
– Para sermos transparentes, tem que haver desoneração dos alimentos – concluiu ela.
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