Governo e entidades do agronegócio criaram nesta segunda, dia 15, um grupo de trabalho que vai estudar uma reformulação das políticas de crédito rural do país. A decisão foi tomada em reunião no Ministério da Agricultura.

O grupo será formado, inicialmente, por técnicos dos ministérios da Agricultura e da Fazenda, do Banco do Brasil e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O objetivo é elaborar, até março do ano que vem, uma proposta de política agrícola mais ampla, que garanta crédito e renda ao produtor.

Um dos primeiros desafios deste grupo de trabalho será estudar a melhor forma de aplicar os recursos conquistados pelo setor para a comercialização da safra. O governo previa R$ 1,5, mas a bancada ruralista do Congresso Nacional conseguiu dobrar este valor no Orçamento da União. A presidente eleita da CNA, a senadora Kátia Abreu, foi quem sugeriu a criação do grupo. Para ela, a agricultura brasileira precisa de políticas mais modernas e eficazes.

– A prioridade deste grupo será preço e renda ao produtor. Os trabalhos têm que ter este foco. E não só para esta safra, como para as próximas. Nós precisamos dar tranqüilidade aos agricultores e também ao governo. Nós precisamos ainda de uma desoneração da cadeia produtiva dos alimentos, para dar mais transparência contábil e fiscal ao agronegócio – diz Kátia.