| 04/12/2008 19h38min
A British Petroleum (BP), segunda maior empresa de petróleo da Europa, propôs que a União Européia (UE) reduza a tarifa e outras barreiras comerciais para estimular as importações de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e de outros países para, assim, atingir suas metas de consumo. Para a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), maior representante do setor sucroenergético brasileiro, a declaração da BP faz sentido.
– Quando a BP sugere à União Européia a redução das tarifas sobre o etanol brasileiro está reconhecendo que a melhor forma de recompensar o etanol mais sustentável é facilitando o livre comércio e não oferecendo subsídios de curto prazo e potencialmente distorcivos, como incentivos fiscais – afirmou a assessora internacional da Unica, Géraldine Kutas.
Se houver uma redução de tarifas de importação na UE, que hoje cobra 0,19 euro por litro de etanol importado, segundo Kutas, a medida “constituiria um verdadeiro bônus sobre o preço para o etanol brasileiro, que respeita os critérios de sustentabilidade da UE, e permitiria acesso dos europeus aos biocombustíveis mais eficientes do ponto de vista de sustentabilidade”.
Estimativas da BP mostram que os biocombustíveis representarão de 11% a 19% do mercado de transportes até 2030. Atualmente, a companhia diz que responde por 10% da demanda atual de biocombustíveis no mundo.
A BP investiu US$ 796 milhões para ser majoritária na brasileira Tropical BioEnergia, em junho de 2008, junto com os grupos Santelisa Vale e Maeda – cada um com 25% do negócio. A Tropical BioEnergia está construindo uma planta industrial com capacidade para produzir 435 milhões de litros de etanol de cana por ano e já planeja uma segunda fábrica.
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