| 04/12/2008 10h22min
Os estragos causados em Santa Catarina após a chuva intensa da última semana eram previstos, segundo o engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), José Augusto Laus Neto.
Para o engenheiro, os deslizamentos de terra, que ocorreram principalmente nas cidades do Vale do Itajaí, decorrem da ocupação irregular das encostas e da retirada das árvores maiores da mata, além do descaso de algumas autoridades.
— Não sejamos ingênuos de achar que um evento desta natureza seja uma manifestação da natureza. A ação do homem em cima destas áreas é muito importante para a ocorrência destes eventos, que vão continuar ocorrendo — afirma.
Aliada à ação antrópica — realizada pelo homem —, a instabilidade presente no solo provocou os deslizamentos de terra em Santa Catarina.
O solo das regiões atingidas, segundo Laus, tem uma grande concentração de argila nas camadas inferiores que,
combinadas com uma camada superior muito leve,
propiciam a entrada de água com mais facilidade.
A água, que encontra um impedimento de drenagem, tende a escorrer paralelamente pela superfície do solo entre as duas camadas. A superficial, que está saturada, não agüenta o peso da água e desmorona.
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