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 | 01/10/2008 07h39min

De olho em nova versão do pacote americano, bolsas asiáticas e européias sobem

Índice Nikkei, de Tóquio, fechou a quarta-feira em alta de 1%

De olho no pacote financeiro norte-americano, que ainda hoje pode ser apresentado com uma nova roupagem, a maioria das bolsas asiáticas fechou em alta nesta quarta-feira. As européias também abriram com números positivos.

A bolsa de Tóquio se recuperou, mas os ganhos foram limitados pela pesquisa tankan do Banco do Japão (BoJ, banco central japonês), que mede a confiança dos empresários na economia. Os resultados da pesquisa foram piores do que o esperado e deprimiram o humor do mercado. O índice Nikkei 225 ganhou 108,40 pontos, ou 1%, e fechou aos 11.368,26 pontos. O indicador Topix, que reúne todos os valores da primeira seção, subiu 13,72 pontos (1,26%), aos 1.101,13.

Veja a seqüêcia de quebras dos bancos americanos em 2008:



Na Austrália, o índice S&P/ASX-200 subiu 4,2%. A bolsa de Taipé, em Taiwan, se recuperou após quatro pregões seguidos de baixa. O índice Taiwan Weighted ganhou 0,8% e encerrou aos 5.764,01 pontos.

Exceção foi o índice Kospi da bolsa de Seul, que fechou em baixa de 0,58%. Já o indicador de valores tecnológicos Kosdaq subiu 0,18 ponto (0,04%), para 440,95.

As bolsas de Xangai, Hong Kong, Cingapura, Filipinas, Indonésia e Malásia não abriram devido a um feriado.

Europa

O índice FTSE-100 da bolsa de Londres operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 62,43 pontos (1,27%), para 4.964,88. Em Bruxelas, a elevação era de 1,47%.

O índice Ibex-35 da bolsa de Madri registrava alta de 38,30 pontos (0,35%), aos 11.025, enquanto o índice Geral subia 0,68%. Em Paris, o crescimento estava em 0,92%, aos 4.069,56 pontos.

O índice geral SMI (Swiss Market Index) da bolsa de Zurique operava nos primeiros minutos do pregão com elevação de 1,27%. E o S&P/MIB da bolsa de Milão subia 0,73%.

A nova versão

Assessores da Presidência dos EUA e líderes do Congresso se reuniram ontem para esboçar um novo plano de resgate do sistema financeiro, que deve ser apresentado ainda hoje.

Há expectativa de que sejam mantidas muitas das alterações que transformaram o texto original enviado pelo governo, de três páginas, em uma complexa proposta de cem folhas, rejeitada na segunda-feira pela Câmara dos Deputados.

A principal estratégia é convencer os legisladores de que a ajuda não atende só aos interesses dos tubarões de Wall Street, mas do cidadão comum, que corre risco de perder parte de suas economias se nada for feito.

Atuação conjunta

Durante o dia, os dois artífices do pacote original, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, recorreram à caixa de ferramentas para estancar o derretimento do sistema. O Fed desempenhou sua mais antiga função: imprimir dinheiro. Paulson, por sua vez, trabalhava na criação de títulos suplementares para financiar mais emissão.

Entre as ferramentas alternativas para conter a crise, ainda sobra uma redução de juro combinada entre vários bancos centrais. Entretanto, as duas iniciativas das autoridades norte-americanas representam risco de mais inflação.

Ameaça maior

A crise de crédito ameaça a sobrevivência do sistema bancário. Para vencê-la, até a expressão maldita “um pouco de inflação” passou a ser admissível para evitar recessão profunda.

Por que é importante

Embora os bancos centrais estejam irrigando o mercado com recursos, o crédito ainda está seco. Além de dinheiro, falta confiança.

Um pacote abrangente pode ser o primeiro passo para repor a credibilidade perdida. O que não deverá ocorrer de imediato. Especialistas estimam um prazo de pelo menos dois anos para restabelecer plenamente a confiança no sistema financeiro mundial.

EFE E AE
 
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