| 30/09/2008 18h10min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em entrevista à imprensa em Manaus, que a crise financeira mundial exige "juízo e responsabilidade" para que as economias continuem em rota de crescimento.
Mantendo o tom que alimentou na última semana, Lula insistiu que não seria justo para o Brasil e para as economias menores serem sacrificados porque o sistema financeiro portou-se como um cassino internacional:
— Nós fizemos a lição. Eles (os Estados Unidos), não, e passaram as últimas três décadas nos dizendo o que tínhamos de fazer. Por ironia do destino, a crise agora é dos países ricos, e os países emergentes é que estão sustentando o crescimento econômico mundial.
Lula novamente admitiu que a crise financeira americana é "muito séria e tão profunda, que não sabemos o seu tamanho".
— Talvez, seja uma das maiores que o mundo já enfrentou — avaliou.
O presidente, entretanto, fez questão de
diferenciar a situação econômica mais favorável do Brasil
neste momento que há cerca de dez anos, quando o mundo enfrentou várias crises seguidas, com impactos profundos sobre as economias emergentes fragilizadas.
Agora, apesar do risco de uma recessão mundial, o presidente acredita que o Brasil está mais precavido porque fez sua "lição de casa".
— Os EUA espirravam, e o Brasil e a Venezuela pegavam pneumonia — afirmou, em referência às turbulências dos anos 90.
— Nós agora estamos em situação mais tranqüila — completou.
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