| 24/09/2008 00h26min
A indústria catarinense é forte candidata a ampliar sua participação na cadeia de fornecedores da indústria naval, impulsionada pela exploração do petróleo da camada pré-sal.
Está nos planos a construção de quase 200 navios, conforme indicou o gerente técnico da Transpetro, empresa de logística da Petrobras, Nilton Gonçalves, em visita a Florianópolis, nesta terça-feira.
A amplitude de necessidades do setor e a exigência de participação mínima de 65% de produção nacional credenciam as fábricas do Estado para atuar na construção dos navios e no suprimento de componentes. Gonçalves mostrou, no encontro com os dirigentes da indústria catarinense, as demandas já definidas pela Transpetro para o setor.
No momento, a estatal está em fase de contratação de fabricantes para construção de 23 embarcações, por meio da segunda etapa do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef).
Em SC, o Estaleiro Itajaí acertou a fabricação de
um navio do tipo gaseiro e pode concorrer na
licitação para outros quatro, conforme indicou o diretor da empresa, Luis Syder.
Na primeira fase do Promef, em que a estatal licitou 26 embarcações, o estaleiro já havia sido contratado para construção de três embarcações do mesmo tipo, em um negócio de US$ 200 milhões. Os navios começarão a ser montados assim que o financiamento via BNDES for fechado, o que deve ocorrer nos próximos meses.
O mercado naval também deve contar com a demanda no setor de petróleo por parte da Petrobras. Em seu programa de expansão para atender as necessidades de exploração do pré-sal, a estatal deve requisitar a construção de 146 navios de apoio.
Gonçalves ressaltou que a Transpetro priorizará não a construção dos navios mas o fortalecimento da cadeia de fornecedores da indústria naval.
— Não queremos produzir no Brasil com fornecedores estrangeiros. Vamos construir aqui e com fornecedores brasileiros.
As contratações da
primeira etapa do Promef exigem participação mínima de 65% de
empresas brasileiras e as da segunda, 70%. A participação de cada estado, no entanto, fica indefinida. No Estaleiro Itajaí, Syder diz não saber em que proporção os quatro navios que serão construídos contarão com participação catarinense, apesar de a empresa priorizar a produção local, por questões de logística.
Por esse motivo, a Federação das Indústrias de SC (Fiesc) começa a articular os dirigentes industrias.
— Nossa indústria é diversificada e pode atender as diferentes demandas dos estaleiros — afirmou o diretor de relações industriais, Henry Quaresma.
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