| 22/08/2008 10h02min
O Executivo pressionou e a Petrobras cancelou a venda de uma mina de onde se extrai potássio na cidade de Nova Olinda do Norte, no Amazonas. Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a informação teria sido confirmada por três ministros.
De acordo com a publicação, a possibilidade de venda da mina para uma empresa do Canadá teria irritado a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O potássio é matéria-prima para fertilizantes, setor no qual o governo pretende investir para reduzir a dependência do produto importado e manter a liderança na produção agrícola.
Ainda de acordo com o jornal, o pedido para cancelar a venda havia sido feito pessoalmente pela ministra há duas semanas, mas a negociação teria contrariado também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Lula teria pedido para que fosse paga a multa contratual que desobriga a estatal de concluir a transação.
A Petrobras confirmou o cancelamento do negócio, informa a reportagem. Não comentou, porém, a pressão do Palácio do Planalto. Valores e datas da transação não foram detalhados. Nos bastidores do governo, o caso é apontado como sinal de que os interesses da Petrobras nem sempre coincidem com os do Estado.
Nota
Em nota divulgada no final da tarde, a Petrobras confirmou o cancelamento da negociação que seria feita com a empresa Falcon, do Canadá, envolvendo a venda de parte da mina.
A nota esclarece que "em relação aos direitos minerários das reservas de silvinita, localizadas no Estado do Amazonas, detidos pela Petrobras, a companhia assinou documento onde se comprometia a vendê-los a uma empresa canadense, atendidas as condições pré-estabelecidas. No entanto, a alta administração da Petrobras, por razões estratégicas, decidiu não prosseguir com a venda, decisão esta já comunicada à referida empresa."
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