| 19/08/2008 17h39min
Uma nova variedade de milho transgênico será oferecida aos produtores já na safra de verão. A cultivar Bt é resistente às principais pragas que afetam a cultura do cereal. Na tecnologia Bt foi empregado o Bacillus turigiensis, uma bactéria comum no solo que é considerada um defensivo natural. Uma proteína desse microorganismo foi introduzida em sementes de milho. A nova variedade transgênica ficou, então, resistente à lagarta da espiga, à lagarta do cartucho e à broca do colmo.
Porém, como sempre existe o risco de que esses insetos desenvolvam a sua própria resistência, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) exigiu a implantação de áreas de refúgio – parte da lavoura com milho convencional – onde será plantado o milho Bt para evitar o desenvolvimento de resistência das pragas e problemas no futuro.
O refúgio deve ter de pelo menos 10% da área total da lavoura transgênica e ficar próximo a ela. O objetivo com isso é que lagartas comuns ataquem esse espaço e acasalem com as lagartas da lavoura transgênica que desenvolveram resistência à planta geneticamente modificada. Assim, as gerações dessa praga nunca terão resistência total, o que anularia o novo milho e exigiria muito dinheiro para combater as espécies mutantes.
A Associação Brasileira de Produtores de Sementes e Mudas (Abrasem) ficou encarregada de orientar os produtores e controlar as áreas de refúgio. Somente uma multinacional deve oferecer as sementes de milho Bt para a safra de verão, mas outros fabricantes devem entrar no mercado até o final de 2009. O Brasil tem hoje entre sete e oito milhões de hectares de lavouras de milho, muitas com sementes transgênicas.
CANAL RURALGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.