| 18/08/2008 14h50min
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmou que impedirá a queda do preço do barril do petróleo a um patamar que considerar muito abaixo dos US$ 100. A informação está no relatório de agosto do Centro de Estudos Globais para a Energia (CGES, em inglês), que alerta para o perigo de um corte acentuado da produção.
De acordo com o documento, o petróleo, que caiu mais de US$ 30 no último mês após beirar US$ 150 o barril em julho, baixou como conseqüência de um maior equilíbrio entre oferta e procura. Para o CGES, o preço desta commodity continuará descendo. A entidade considera que a Opep "não parece muito descontente" de ver como o barril tem caído nas últimas semanas.
No entanto, ressalta que, embora não se espere que a Opep imponha oficialmente uma contenção da oferta em sua próxima reunião de setembro, o cartel atuará se o petróleo cair para muito além dos US$ 100. E diz que a Arábia Saudita - o maior produtor e exportador de petróleo do mundo - deu mostras de que o aumento chegou ao fim.
A CGES alerta sobre o perigo de a Opep reagir à queda do petróleo "de forma exagerada" e baixe demais a produção, por isto não descarta que o barril possa voltar a aumentar em um futuro próximo. E acrescenta que o risco cresce com a visão "otimista demais" sobre o volume da produção dos países que não fazem parte do cartel.
Na avaliação do cartel, esse volume deve crescer em 1,2 milhão de barris diários entre o terceiro e o quarto trimestres do ano. Já o Centro de Estudos Globais para a Energia estima alta de apenas 500 mil. Além da reunião de setembro, a Opep terá sessão extraordinária em 17 de dezembro, na Argélia, onde analisará o mercado.
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