| 10/08/2008 01h19min
Em entrevista ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Robert Scheidt afirmou que a vela nunca será popular como o futebol no Brasil. Bicampeão olímpico, o velejador é um dos maiores atletas do país e teve a honra de ser o porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos de Pequim.
— A vela nunca será popular como o futebol. Mas há países, como a Nova Zelândia, onde é o segundo esporte nacional. Em outros, como na Holanda, Dinamarca e Suécia, a grande maioria do povo veleja — comentou o atleta.
Scheidt, que representa o Brasil ao lado de Bruno Prada na classe Star, lembrou ainda que a vela é disputada em um local público e aberto, o que facilitaria seu desenvolvimento.
— Não devemos esquecer que a vela é um esporte que não requer quadra, piscina ou estádio porque é praticada no mar, que é público e gratuito — afirmou.
O velejador disse ainda que o clima e o litoral brasileiro podem ajudar no desenvolvimento da vela no país, e culpou a “monocultura esportiva” pela situação atual do esporte.
— O Brasil, com quase 8 mil quilômetros de costa e o clima ameno nas quatro estações, reúne condições naturais para popularizar a vela. O barco é uma peça mais econômica se comparado ao aparato necessário à pratica de muitos outros esportes. Acho que a vela não se popularizou devido à monocultura esportiva brasileira — analisou.
EFE
Robert Scheidt foi o porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos de Pequim
Foto:
Lavandeira jr, EFE
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