| 07/08/2008 10h41min
O equilíbrio entre os atiradores nas categorias 10 m (ar comprimido) e 50 m (livre) torna difícil qualquer prognóstico no tiro esportivo. Esta é a avaliação de Júlio Almeida, medalha de ouro no Pan Rio 2007 e integrante da equipe brasileira nos Jogos Olímpicos.
– No tiro rápido tem dois alemães (Christian Reitz e Ralf Schumann) que estão o ano todo quebrando o recorde um do outro e são os favoritos. Mas na pistola, está embolado. Estou fazendo um bom resultado, só que outros 20 caras também – resume o atirador carioca.
Stenio Yamamoto, o outro integrante da delegação do tiro esportivo brasileiro, não pensa em medalha. Dentista, divide o tempo dedicado à profissão com o que dispõe para treinamentos e competições:
– Treino duas vezes por semana no clube e duas noites em casa, no computador (tiro em seco). A família até já se acostumou – confessou.
Já o major da Aeronáutica Júlio Almeida teve período de aclimatação em Macau entre 24 de julho e 6 de agosto:
– Fiz a transferência para a Confederação de Desportos da Aeronáutica em fevereiro. Apresentei-me e depois saí para me dedicar aos Jogos.
As provas de tiro esportivo serão realizadas entre 9 e 17 de agosto, no Centro de Tiro Esportivo de Pequim, instalação construída especialmente para os Jogos e inaugurada com um evento-teste no ano passado. Na história dos Jogos Olímpicos, o tiro esportivo tem importância para o Brasil: em nossa primeira participação em Olimpíadas, na Antuérpia-1920, o único ouro veio com Guilherme Paraense, no tiro rápido. Afrânio Costa, prata na pistola livre e bronze por equipe, foi o primeiro porta-bandeira do Brasil em Jogos.
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