| 23/07/2008 18h19min
Os contratos futuros de petróleo WTI voltaram a fechar em baixa acentuada na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), depois que o crescimento muito acima do esperado dos estoques comerciais de gasolina nos Estados Unidos reforçou os temores do mercado sobre a deterioração da demanda, avaliaram operadores e analistas.
Na Nymex, os contratos futuros de petróleo com entrega em setembro caíram US$ 3,98, ou 3,10%, e fecharam a US$ 124,44 por barril. A mínima foi de US$ 124,12 e a máxima de US$ 128,70.
Na Bolsa Intercontinental, de Londres, os contratos de petróleo Brent para setembro caíram US$ 4,26, ou 3,29%, e fecharam a US$ 125,29 por barril. A mínima foi de US$ 124,99 e a máxima de US$ 129,50.
Perdas acumuladas
Com exceção do fechamento positivo de segunda-feira, os contratos de petróleo seguem acumulando perdas desde o dia 15. Em relação ao recorde de fechamento de US$ 145,29 por
barril, registrado em 3 de julho, a queda já soma quase US$ 21.
No final da manhã desta quarta, o Departamento de Energia dos EUA (DoE) informou que os estoques de gasolina aumentaram em 2,8 milhões de barris na semana passada, muito acima da previsão de crescimento de 200 mil barris dos analistas.
Muitos operadores viram o dado como um sinal de erosão da demanda nos EUA diante dos aquecidos preços de energia.
— Durante anos, as pessoas nunca consideraram abrir mão de seus carros para seus deslocamentos diários casa-trabalho-casa e realmente estamos neste ponto — disse o chefe de transações da LaSalle Futures Group em Chicago, Matt Zeman.
— As pessoas estão de fato fazendo um esforço para consumir menos energia para reduzir custos — acrescentou.
O crescimento muito acima do esperado nos estoques de produtos equilibrou o declínio de 1,6 milhão de barris nos estoques de petróleo bruto, de uma estimativa de queda de 400 mil barris dos analistas.
— Os
números (dos estoques) de petróleo bruto e produtos meio que anularam um ao
outro aos olhos da maioria dos participantes do mercado — disse o vice-presidente da Vantage Trading, Peter Donovan.
Ao longo das últimas seis semanas, os preços do petróleo receberam impulso de alta dos problemas de produção na Nigéria a tensão diplomática entre Irã e Israel.
Com a diminuição daquelas preocupações, os operadores vêm descontando o "prêmio medo" e começaram a considerar se a última etapa de alta foi exagerada.
— Tivemos uma arrancada bastante explosiva no lado da alta sem realmente termos motivos de fundamentos verdadeiros — disse o presidente da T.W. Energy Consulting, Peter Van Cleve.
As informações são da Dow Jones.
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