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 | 11/07/2008 11h29min

Petróleo Brent bate recorde novamente e é cotado a US$ 147,50

Barril ultrapassa pela primeira vez a barreira dos US$ 147

O petróleo Brent, referencial na Europa, marcou nesta sexta-feira um novo recorde, ao ultrapassar pela primeira vez a barreira dos US$ 147 na Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres (ICE Futures, em inglês), onde chegou a ser negociado a US$ 147,50.

Segundo analistas, contribuiu à alta do petróleo o fato de o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetronf), de onde sai 80% do petróleo produzido no Brasil, ter confirmado na quinta-feira a convocação de uma greve de cinco dias a partir de 14 de julho.

O barril do Brent para entrega em agosto alcançou a marca às 10h30 (em Brasília), em um pregão marcado pela volatilidade. Mais cedo, por volta de 9h30 (em Brasília), o Brent já havia batido um recorde, cotado a US$ 147,25.

Após alcançar a nova marca, o preço Brent se moderou ligeiramente e às 10h40 (em Brasília) era negociado a US$ 146,73, ou US$ 4,67 a mais que no fechamento do pregão anterior. Analistas afirmam que a escalada do Brent também foi impulsionada pela preocupação do mercado com um possível conflito entre Israel e Irã.

A República Islâmica, segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), realizou esta semana vários testes com mísseis capazes de alcançar Israel, o foi duramente condenado pelos Estados Unidos.

As manobras ocorreram enquanto Teerã insiste em que o polêmico programa nuclear iraniano só procura gerar energia elétrica, mas as potências ocidentais acreditam que o Irã pretende fabricar armas atômicas.

Outro fator que encareceu o petróleo foi a advertência de grupos rebeldes de retomar os ataques contra instalações petrolíferas na Nigéria, maior produtor de petróleo na África.

Além disso, o Brent mantinha tendência em alta depois que o governo americano informou, na quarta-feira, que as reservas de petróleo do país desceram em 5,9 milhões de barris na semana passada, até 293,9 milhões. Com a diminuição, a reservas do maior consumidor energético do mundo são agora 16,8% inferiores às de um ano antes.

EFE
 
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