| 08/07/2008 22h10min
A franco-colombiana Ingrid Betancourt ficou seis anos em poder das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) e escapou viva do que ela descreve como o inferno. Seis dias depois de reconquistar a liberdade numa operação cinematográfica, Ingrid não sabe se fica em Paris, com os filhos, ou se volta à Colômbia para retomar a carreira política. Ela falou sobre os planos para o futuro:
— Imediatamente, trabalhar pelos que ficaram na selva. Aproveito para falar para os brasileiros que acompanham o caso, que rezaram, isso que fizeram por mim, que continuem fazendo porque ainda temos centenas de pessoas seqüestradas nas mãos das Farc. Pessoas que têm todo o direito de voltar à liberdade, de abraçar seus filhos, e que não têm voz porque não têm quem fale por eles.
Ingrid falou ainda sobre o papel do governo brasileiro na luta contra as Farc:
— Eu penso que o Lula tem de atuar, primeiro porque é de esquerda - como eu. Eu penso que o Brasil, sendo o
irmão maior da América Latina, por
muitos motivos pode ajudar, inclusive fazendo com que Hugo Chávez e Alvaro Uribe voltem a falar, que volte a haver confiança entre Rafael Correa do Equador e Uribe. E eu acho que o povo do Brasil, através do presidente Lula, pode reativar esses contatos para que possamos agir contra as ações terroristas das Farc.
A refém conta que pensou em fugir do cativeiro para a Brasil:
— Não sabia onde estava, mas eu tinha um mapa onde se viam os rios colombianos. E dava para ver a Bacia Amazônica. Então eu pensava: se eu me deixar levar pelos rios, na correnteza, um dia eu vou parar em Manaus. Então pensava em construir uma balsa. Mas sempre lembrava: no Brasil pode estar minha liberdade.
As informações são do Jornal Nacional e do site G1.
Como foi o resgate
EFE
Quando estava em poder da guerrilha, Ingrid pensou em construir uma balsa e fugir para o Brasil
Foto:
Maya Vidon, EFE
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