| 30/06/2008 08h36min
Rodrigo Mendes teve sua vitória pessoal no Gre-Nal. Se para o Grêmio o resultado foi de igualdade, no caso do meia-atacante pode-se dizer de goleada. Com boa atuação, acabou sendo definitivo ao ser atingido por Renan e sofrer o pênalti do empate em 1 a 1. Ele confessou nem ter visto o lance. E disse que o goleiro chegou a se desculpar por tê-lo atingido daquela forma.
Foi o domingo ideal para quem ficou mais de 500 dias sem atuar. O calvário começou com uma lesão em dezembro de 2006, quando ainda atuava pelo Al-Gharafa, do Catar. Rodrigo Mendes passou por cirurgia no ligamento cruzado do joelho esquerdo e ficou todo o primeiro semestre daquele ano sem atuar. Em agosto, foi contratado pelo Grêmio, que havia vendido Carlos Eduardo para o Hoffenheim, da Alemanha.
Com apenas um mês de treinamento no Olímpico, passou por nova cirurgia no mesmo local. O retorno aos gramados aconteceu no final de abril, em jogo-treino contra o Ivoti. Novas oportunidades surgiram já no Brasileirão, em jogos contra Flamengo e São Paulo. Nada, no entanto, que possa ser comparado ao Gre-Nal, "um jogo com muito mais atmosfera", na avaliação do jogador.
Por coincidência, em seu último clássico pelo Grêmio, em novembro de 2002, Rodrigo Mendes havia marcado de cabeça o gol da vitória. Na época, Tite treinava o Grêmio, e Celso Roth, o Inter.
Responsável direto pela permanência de Rodrigo Mendes, cujo contrato estaria se encerrando hoje, Celso Roth disse que ele foi "uma grata surpresa", apesar de aparecer com destaque nos treinamentos:
– A função de origem do Rodrigo é essa, meia pelo lado esquerdo. Ele pode me dar uma alternativa interessante nos próximos jogos.
Satisfeito, Roth entende que Rodrigo pode representar uma alternativa de criatividade. Sobretudo nos jogos em que Roger sofrer marcação mais forte, como aconteceu ontem.
Nas entrevistas, Rodrigo Mendes admitiu ter vivido um período de muita insegurança pelo longo tempo em que ficou sem atuar. Aos 32 anos, convivia com a desconfiança de quem passou por longa parada.
– No Brasil, sempre se desconfia de jogadores com mais de 30 anos de idade – queixou-se ao completar ontem sua 256ª partida em cinco passagens pelo Grêmio.
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