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 | 20/06/2008 11h08min

Com agenda vazia, Ibovespa abre em baixa

Às 10h04min (de Brasília), o índice Bovespa caía 0,50%, a 66.259 pontos

A ausência de indicadores econômicos relevantes programados para hoje tanto no campo doméstico e no externo pode levar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a registrar mais um dia de queda hoje - a terceira da semana.

A preocupação com a saúde do setor financeiro dos Estados Unidos e o avanço da inflação no mundo continuam estressando os investidores. Às 10h04min (de Brasília), o índice Bovespa caía 0,50%, a 66.259 pontos, na pontuação mínima do dia até o momento.

Ontem, o Ibovespa voltou a fechar no menor nível desde a concessão da nota de grau de investimento para o Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), em 30 de abril. O índice paulista chegou a cair 1,35%, desacelerou as perdas com a recuperação dos índices Dow Jones e S&P 500, em Nova York, e encerrou em baixa de 0,75% a 66.590,4 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,640 bilhões.

Hoje, os contratos futuros de petróleo permanecem como indicadores de referência para o funcionamento dos mercado acionários. Os preços da matéria-prima (commodity) apresentavam alta hoje, tanto em Londres quanto em Nova York, com investidores aproveitando o recuo de ontem para irem às compras.

Além isso, o mercado de petróleo opera de olho no encontro dos líderes da indústria no fim de semana, na Arábia Saudita, e como isso poderá impactar a dinâmica entre oferta e demanda. Por volta das 10 horas (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento previsto para hoje (contrato de julho) subia 2,19%, a US$ 134,82 o barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).

Na opinião de um profissional do mercado, se o Dow Jones conseguir se manter acima dos 12 mil pontos hoje - ontem o índice caiu abaixo deste patamar durante a sessão em Wall Street - e o petróleo continuar em alta, pode ser que a Bovespa consiga sair do vermelho e operar no azul. "Se a Petrobras conseguir acompanhar a alta do petróleo pode ser que a Bolsa inverta o movimento e suba", disse um operador.

Ontem a queda do petróleo fez com que os papéis da Petrobras amargassem forte queda. Às 10h05, as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da estatal petrolífera operavam em alta de 0,19% e 0,11%, respectivamente.

Os investidores também devem ficar atentos aos papéis da Vale que, na véspera, se descolaram do mau humor generalizado. Ontem, o presidente da Vale, Roger Agnelli, admitiu que a pressão nos custos já encareceu o plano de investimentos da mineradora programado até 2012. O cronograma inicial previa recursos de US$ 59 bilhões, mas a inflação nos custos pode elevar o programa de investimentos para a casa dos US$ 63 bilhões.

Durante um seminário promovido pela Previ, na Costa do Sauípe (Bahia), o executivo afirmou que a escalada dos custos de produção se deve a fatores como a falta de equipamentos, a dificuldades na entrega de aço e ao aumento nos custos de mão-de-obra. Às 10h05, as ações ON e PN classe A (PNA) da mineradora caíam 0,95% e 0,86%, nesta ordem.

Agência Estado
 
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