| 20/06/2008 08h01min
Parece ainda estar longe do fim o conflito entre os produtores argentinos e o governo.
Nessa quinta-feira, dia 19, o chefe do Gabinete de Ministros, Alberto Fernández, disse que as lideranças rurais agem como nazistas. Há mais de cem dias eles mantêm locaute contra o aumento dos impostos sobre exportações no país.
Fernández acusou os produtores agrícolas de utilizar métodos similares aos simpatizantes de Adolf Hitler durante o Terceiro Reich para pressionar parlamentares a votar contra o projeto de lei do governo que determina altos impostos sobre as exportações de produtos agropecuários.
As declarações foram feitas pouco depois que as lideranças ruralistas anunciaram que neste fim de semana começariam a se reunir com parlamentares para convencê-los a votar contra o projeto de lei. Eles garantiram que senadores e deputados de províncias agrícolas que estejam a favor dos impostos serão alvos de "escrachos" (manifestações feitas na porta da casa alvo do protesto).
– Isso é espantoso, coisa de nazistas! – disparou Fernández, que confirmou a criação de um novo imposto, desta vez sobre operações financeiras, que penalizaria principalmente a classe média.
De acordo com Fernández, "existem assuntos pontuais sobre os quais deveríamos trabalhar. Por exemplo, a questão da renda financeira", disse.
As declarações de Fernández confirmaram boatos que circulavam no mercado financeiro portenho há dias. No entanto, horas depois, ele desmentiu que o governo analise tal medida.
– É um delírio – disse.
Mas, na seqüência, gerou mais especulações ao acrescentar: "será preciso ver o momento e as condições".
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