| 06/06/2008 10h15min
O dólar à vista abriu em baixa de 0,09% nesta sexta feira, cotado a R$ 1,624 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,21%, a R$ 1,6255.
Hoje é uma sexta-feira de poucos itens na agenda econômica de indicadores, mas um deles é de extrema importância e tem potencial para mexer com o desempenho dos mercados financeiros: o relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que foi divulgado esta manhã.
O número de vagas de emprego nos Estados Unidos caiu pelo quinto mês consecutivo em maio, informou hoje o Departamento de Trabalho norte-americano. O número de postos de emprego nos EUA caiu 49 mil no mês passado, após quedas nos quatro primeiros meses do ano, que somam 275 mil cortes de vagas no período. O mercado esperava uma redução de 60 mil vagas em maio. Já a taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu para 5,5% em maio, na maior taxa mensal desde 1986.
O indicador inverteu o
sinal dos índices futuros das Bolsas de
Nova York e das principais bolsas européias, que passaram a operar em baixa. Já o euro intensificou os ganhos ante o dólar, assim como o petróleo ampliou a alta e passou a ser negociado no nível de US$ 130,00 o barril, tanto em Londres quanto em Nova York.
Além do relatório sobre o emprego nos EUA, o Departamento do Comércio norte-americano divulga às 11 horas os estoques no atacado de abril. Por aqui, não há indicadores econômicos relevantes.
Depois das últimas demonstrações de preocupação com a inflação - por parte dos presidentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central Europeu (BCE) - e com a cotação do dólar ante as principais moedas estrangeiras - por parte do Fed - o desempenho da economia norte-americana deve ser ainda mais monitorada.
No mercado doméstico de câmbio, o cenário internacional mescla-se com os dados nacionais e o conseqüente fluxo de recursos para determinar a trajetória do dólar ante o real.
Há tempos a relação da moeda
norte-americana com a divisa brasileira, embora sempre afetada pelo contexto mundial, vem se diferenciando, assim como se diferencia a imagem do País em comparação a outros emergentes, desde que a crise das hipotecas de segunda linha (subprime) começou a gerar dúvidas sobre a estabilidade das economias mundiais.
E as perspectivas para o fluxo continuam sendo positivas. Por isso, mesmo quando as tensões externas falam mais alto e o dólar sobe por aqui, esse aumento não encontra muito fôlego nem em intensidade, nem em durabilidade.
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