O barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou nesta quinta-feira com alta de 4,5%, ou mais de US$ 5, em Nova York, paralelamente ao enfraquecimento do dólar, enquanto a gasolina foi comercializada novamente a preços históricos nos Estados Unidos.

Ao fim do pregão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de WTI para entrega em julho subiam US$ 5,49, até US$ 127,79 o barril (159 litros).

O valor do petróleo Texas tinha caído mais de US$ 5 nos dois últimos pregões, pelo que, com o aumento de hoje, se situou em um preço similar do início da semana.

Algo similar ocorreu com os preços da gasolina e do óleo de calefação, que também compensaram hoje as quedas registradas nos dois últimos dias.

Os contratos de gasolina para julho subiram US$ 0,14 em relação ao preço anterior e fecharam a US$ 3,3345 o galão (3,78 litros). O preço do óleo de calefação para esse mês aumentou em uma magnitude similar e terminou a US$ 3,6808 o galão.

O gás natural para julho subiu US$ 0,14, para US$ 12,51 por mil pés cúbicos.

O valor desse combustível registrou baixa em alguns momentos do pregão, após ser anunciado que as reservas de gás aumentaram na semana passada, conforme o esperado.

As reservas de gás aumentaram 105 bilhões de pés cúbicos e o total, de 1,8 trilhão, é 15,3% inferior ao volume do ano passado, mas praticamente similar à média dos últimos cinco anos, segundo dados divulgados hoje pelo Departamento de Energia americano.

A moeda americana registrou hoje uma forte queda em seu câmbio com o euro e outras moedas, depois que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, anunciou hoje que a entidade considerará em julho subir 0,25 ponto percentual os juros básicos na zona do euro.

O enfraquecimento da moeda americana tende a estimular as compras de petróleo e de outras matérias-primas que também são negociadas em dólares, pois ficam mais baratas quando são adquiridas com moedas fortalecidas.

O preço do petróleo Texas havia registrado queda nos dois últimos pregões no mercado nova-iorquino, devido em parte a novos sinais de que reduz a demanda de gasolina e outros combustíveis nos Estados Unidos.

As provisões de combustíveis ao mercado americano, algo levado em consideração como referência do nível de consumo, foram de uma média de 20,4 milhões de barris diários nas últimas quatro semanas, o que representa uma queda de 1,1% frente ao mesmo período do ano anterior, segundo cálculos do Departamento de Energia americano.

O forte encarecimento dos preços reduziu o nível de demanda de gasolina e de outros combustíveis e, por sua vez, elevou os custos para as empresas e diminuiu o poder aquisitivo dos americanos.

O galão de gasolina era vendido hoje a um preço médio de US$ 3,98 em nível nacional, o que representa um novo recorde histórico no mercado do varejo, segundo dados divulgados diariamente pela associação automobilística AAA.

O galão de diesel era negociado a US$ 4,77, cerca de US$ 0,02 abaixo do recorde ao qual chegou em 30 de maio, mas é 65% mais caro que há um ano.