O preço do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) subiu nesta quarta-feira 1,7%, até US$ 131, enquanto o valor da gasolina bateu novos recordes no mercado atacadista e no varejo nos Estados Unidos.

Ao fim do pregão regular na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de WTI para entrega em julho subiam US$ 2,18 em relação ao preço anterior e fechavam a US$ 131,03 o barril (159 litros).

Os contratos de gasolina para junho terminaram a um preço recorde de US$ 3,4476 o galão (3,78 litros), cerca de US$ 0,05 a mais que no dia anterior. O preço do gasóleo de calefação para entrega nesse mesmo mês teve alta de US$ 0,03, até US$ 3,8243 o galão. O gás natural para junho subiu US$ 0,11 frente a terça-feira e terminou a US$ 11,91 por mil pés cúbicos.

O preço do petróleo WTI se movimentou em baixa durante grande parte do pregão, mas variou a tendência à medida que avançava o dia e os operadores reajustavam posições, à espera dos dados de reservas que serão divulgados nesta quinta pelo Departamento de Energia (DOE) dos EUA.

Esses dados, que habitualmente chegam ao mercado na quarta-feira, foram atrasados desta vez em um dia pois na segunda-feira foi feriado nos EUA e não houve atividade nos mercados do país nem nos centros oficiais.

À divulgação dos dados de reservas de petróleo, de gasolina e destilados, categoria que inclui o gasóleo de calefação e o diesel, se unirão amanhã os de reservas de gás natural, que o DOE costuma anunciar na quinta-feira.

Alguns analistas prevêem aumentos inferiores a um milhão de barris nas reservas de petróleo, de gasolina e destilados, mas outros não descartam que os dados reflitam uma nova queda nas reservas de petróleo e de gasolina.

Os preços do petróleo e da gasolina aumentaram com força na última semana na Nymex, logo após ser divulgado que as reservas de petróleo reduziram em mais de cinco milhões de barris e as de gasolina tiveram queda de 800 mil barris, quando se previam aumentos em ambos os casos.

Recordes

O barril de petróleo WTI chegou a ser negociado na quinta-feira passada ao recorde de US$ 135,09 e no dia anterior fechou pela primeira vez a mais de US$ 133.

Os operadores nova-iorquinos também prestarão atenção para comprovar se as refinarias americanas trabalharam na semana passada com maior capacidade e se aumentou a produção de combustíveis com forte demanda nesta época, como é o caso da gasolina e dos destilados.

Também há expectativa de conhecer os dados de demanda de combustíveis, que, nas últimas semanas, refletiram um retrocesso em relação ao mesmo período em 2007, devido ao forte encarecimento que registram.

O galão de gasolina e de diesel era vendido hoje também a preços recordes nos EUA, a US$ 3,94 e US$ 4,77, respectivamente, segundo os dados que divulga diariamente a associação automobilista AAA.

O encarecimento da energia eleva os custos das empresas e lhes obriga a colocar em prática medidas drásticas, como ocorreu recentemente com várias companhias aéreas.