| 28/05/2008 16h23min
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, voltou a defender nesta quarta-feira uma mudança no marco regulatório do setor de petróleo no país, a partir das descobertas da camada pré-sal. Durante palestra no 20º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro, o executivo afirmou que o Brasil tem nas mãos a chance de "modificar qualitativamente no mercado internacional."
— O pré-sal é uma área de alta propensão exploratória. Apenas um dos blocos em área pequena, em relação ao restante, tem cinco a oito bilhões de barris. Isso exigirá volume de investimentos gigantescos. Esta situação abre oportunidade de modificar qualitativamente o Brasil no mercado internacional — afirmou Gabrielli.
O presidente da petrolífera ressaltou que "mesmo sem considerar as enormes descobertas do pré-sal, temos condições de ser um dos grandes players (participantes) no mercado internacional já com o crescimento de produção da Petrobras previsto para os próximos anos". Gabrielli destacou ainda que
"evidentemente o Brasil
poderia rumar para o caminho tradicional" que seria de exportar petróleo bruto, como já fazem outros países.
— Mas temos a chance de ser um grande refinador e exportar derivados, produtos de maior valor agregado — lembrou.
Ele alertou, no entanto, para o fato de que haverá necessidade de maior infra-estrutura para atender a demanda da Petrobras nesta expansão.
Internacional
Ainda durante o Fórum, ele destacou a expansão da Petrobras no mercado internacional.
— Essencialmente nossa internacionalização no início dos anos 70 era centrada em busca de áreas para atender a nossa demanda no mercado interno. Depois das descobertas na Bacia de Campos, nossa intenção no mercado internacional era incrementar nossa produção. Partimos em busca da complementação e nossa meta era de chegar a 500 mil barris por dia. Já na última década iniciamos um processo de expansão forte de nossas atividades,
com pioneirismo no Golfo do México, com a aquisição de refinarias e
também atuando na costa da África — afirmou.
Ele reconheceu também um "desgaste da imagem da empresa com relação à crise com a Bolívia no ano passado".
— Conseguimos vender a refinaria depois de discussão pública — lembrou.
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