| 24/05/2008 22h11min
O almirante colombiano David Moreno, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Militares da Colômbia, anunciou oficialmente neste sábado a morte do número 1 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Manuel Marulanda. O guerrilheiro, conhecido como Tirofijo, tinha 78 anos.
O anúncio foi feito à imprensa depois de a versão on-line da revista Semana publicar uma entrevista com ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, em que ele citava esse fato. As Farc ainda não se manifestaram sobre o caso.
— Esperamos que, como é de costume, as Farc não neguem a verdade, neste caso a morte de Tirofijo. Se disserem que nossa informação não está correta, que provem — diz Moreno, que leu um texto escrito em nome do ministério da Defesa.
Rumores sobre a morte ou doença séria do rebelde surgiram outras vezes, mas nunca haviam sido confirmadas, como neste sábado. O comunicado oficial diz também que o guerrilheiro morreu no dia 26 de março, às
18h30min locais, de "causas que
ainda precisam ser confirmadas".
Bombardeios pesados atingiram a área onde oficiais acreditavam que Marulanda estivesse escondido, mas rebeldes disseram que ele teria morrido de ataque cardíaco.
— Tenha sido por causa de um bombardeio ou por causas naturais, esse seria o golpe mais duro já sofrido pelo grupo terrorista, pois Tirofijo era quem mantinha o grupo unido — diz Moreno.
Histórico
Marulanda organizou as Farc em 1960, como grupo de esquerda. Mas após quatro décadas de combate, as Farc têm sido enfraquecidas pela campanha do presidente Alvaro Uribe, como apoio dos Estados Unidos.
Com pouco apoio popular, as Farc têm sido empurradas de volta para florestas e montanhas remotas, mas os rebeldes ainda são uma força poderosa em algumas áreas, ajudados pelos recursos obtidos com o tráfico de cocaína.
Vários comandantes importantes foram mortos ou capturados
recentemente, enquanto o mais antigo grupo guerrilheiro da América Latina enfrenta
crescente pressão militar e deserções.
Tentativas de negociar a libertação de reféns das Farc, incluindo a política Ingrid Bettancourt, continuam em impasse diante da demanda dos rebeldes pela desmilitarização da zona rural para que as negociações prossigam.
As informações são do site G1.
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