| 23/05/2008 21h56min
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou hoje em Brasília que a economia mundial deve se acostumar aos altos preços do petróleo — que se mantêm acima dos US$ 130 no mercado internacional —, porque "não se pode falar em limites".
— Poderíamos falar de limites quando a Venezuela propôs aquele conjunto de preços — mínimo de US$ 22 por barril e máximo de US$ 28 —, que esteve funcionando bem até a invasão do Iraque que a pulverizou — disse Chávez.
— Agora não há limite — ratificou o governante, cujo país possui as maiores reservas de petróleo do mundo ocidental.
Ao ser questionado sobre as preocupações de especialistas que temem que o alto preço do petróleo provoque sérios impactos na economia internacional, como aconteceu na década de 1970, Chávez disse que os países desenvolvidos já assimilaram o impacto.
— A economia mundial tem de assimilar esse preço, assim como nós, nossas economias, temos de assimilar os altos preços das
maquinarias agrícolas, dos equipamentos médicos
e dos remédios. Eles (altos preços) têm a ver com um modelo consumista — declarou Chávez, em aparente alusão às altas taxas de consumo de energia nos países ricos.
O presidente venezuelano disse que não podia oferecer detalhes no momento, mas indicou que seu país está investindo, inclusive no Exterior, para aumentar sua capacidade de refino e dar um maior valor agregado a seu petróleo. O barril do petróleo de exportação da Venezuela fechou hoje com um preço semanal médio de US$ 116,57, batendo um terceiro recorde nacional consecutivo, de acordo com o Ministério de Energia e Petróleo venezuelano.
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