| 22/05/2008 16h23min
Nada de culpar os outros ou usar fatores subjetivos como justificativa. Após perder a asa traseira ao bater na curva S na sessão desta quinta de treinos livres em Mônaco, o espanhol Fernando Alonso não deu desculpas esfarrapadas. Ao conversar com a imprensa, ele simplesmente admitiu que calculou mal uma tentativa de ganhar tempo.
– O carro ia bem e eu não tinha problema algum, mas quando coloquei penus novos, quis frear cinco metros mais tarde para ganhar um pouco de tempo ao chegar na primeira curva e isso foi exagerado. Amanhã tenho de frear antes e não perder o carro – reconheceu o piloto, que teve de agüentar as brincadeiras do brasileiro Rubens Barrichello segundos depois do ocorrido, enquanto ainda estava dentro do carro danificado.
Alonso foi sétimo colocado nas duas sessões. Na segunda oportunidade, porém, ele foi mais de um segundo mais rápido, tempo alcançado depois do acidente, visto que o carro não sofreu grandes avarias.
– Hoje, eu tive diferentes sensações. Algumas vezes não fomos tão rápidos e estávamos entre sétimo e décimo. Mas também houve momentos, quando estava com pneus novos, nos quais eu tive outra esperança – destacou.
O otimismo de Alonso, entretanto, tem limites. Ele considera uma "quase uma missão impossível" largar nas duas primeiras filas.
– Tudo aponta que Nico Rosberg será o nosso grande rival, excluindo-se as três equipes de sempre. A Red Bull não parece estar tão em forma quanto na Turquia e a Williams está por cima por tudo o que fez aqui. É o adversário que mais cresceu e que coloca em perigo essa posição atrás dos grandes – analisou.
As dificuldades de Nelsinho
O bicampeão mundial também falou sobre o companheiro Nelsinho Piquet, que mais uma vez não conseguiu acompanhar seu ritmo. Ele lembrou que o brasileiro está estreando na Fórmula-1.
– Sempre dou o que eu posso em cada volta. Quando paro, olho o meu tempo e o do primeiro colocado. Ao final da sessão, olho o dos outros e Nelsinho às vezes tem dificuldades. Também este é o primeiro ano que ele corre em Mônaco e na Fórmula-1 não é fácil se adaptar com a velocidade com que as coisas chegam. Mas para mim não mudaria muito se ele estivesse mais longe ou mais perto – afirmou.
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