| 21/05/2008 12h40min
Os produtores rurais argentinos, em conflito com o governo argentino há alguns meses em função da imposição de novas tarifas à exportação de produtos agrícolas, encontraram uma forma diferente de protestar. Com algumas máquinas agrícolas e o auxílio de um grupo de voluntários, o artista Gonzalo Rodriguez "pintou" um retrato da presente Cristina Kirchner em um campo de soja localizado ao norte de Buenos Aires.
Nesta terça, dia 20, Cristina voltou a negar que a Argentina esteja enfrentando uma crise econômica provocada principalmente pela disputa com ruralistas.
– A Argentina nunca teve um respaldo econômico-financeiro como o de hoje – afirmou.
Durante inauguração de uma turbina da central Termeoétrica Manuel Belgrano, na região de Campana, a governante garantiu que o Banco Central conta "com US$ 50 bilhões em reservas"
– Não há país emergente similar ao nosso, que possa respaldar 100% do dinheiro que circula na rua e dos depósitos que estão nos bancos. No entanto, algumas pessoas escreveram em letras maiúsculas e outros fizeram correntes de e-mails para dizer que o mundo estava acabando – reclamou.
Produtores prometem trégua
No final da terça-feira as entidades patronais do campo anunciaram a suspensão dos bloqueios nas estradas a partir desta quarta, dia 21. Os protestos tiveram início há mais de dois meses, depois que o governo argentino anunciou elevação de impostos e restrição às exportações de grãos.
Comunicado divulgado pela cúpula das entidades de produtores qualificou a decisão como um "novo gesto" depois das "múltiplas expressões e mensagens" recebidas nos últimos dias, "instando a continuar o caminho do diálogo e do consenso".
No entanto, as entidades afirmaram que "o estado de alerta e mobilização" vai ser mantido. Os representantes dos ruralistas ainda pediram que, em contrapartida, o governo convoque uma reunião e dê prosseguimento às negociações.
Com a suspensão do bloqueio o fornecimento de cereais e oleaginosas deve ser normalizado. Esta foi a segunda vez que os ruralistas bloquearam estradas na Argentina, em protesto contra medidas do governo para o setor. Em março, logo depois do anúncio do aumento de impostos, diversos pontos em todo o país ficaram bloqueados durante 21 dias.
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