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 | 14/05/2008 17h37min

Petróleo fecha em queda, a US$ 124,22 o barril

Forte demanda global por destilados ajudou o petróleo a bater recordes nos últimos dias

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira, uma vez que dados do governo americano apontaram alta maior que a esperada nos estoques semanais de destilados. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro de petróleo WTI com vencimento em junho encerrou com queda de US$ 1,58, ou 1,26%, em US$ 124,22 por barril. Em Londres, o contrato futuro para junho declinou US$ 2,24, para US$ 121,86 por barril.

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) informou hoje que os estoques de destilados (que incluem óleo de aquecimento e diesel) subiram 1,4 milhão de barris na semana encerrada em 9 de maio, quando o esperado era um avanço de 600 mil barris.

Apesar da alta inesperada, os níveis dos estoques estão abaixo da média para esta época do ano. A taxa de capacidade de refino também avançou na última semana, para 86,6%.

Nos últimos dias, a forte demanda global por destilados ajudou o petróleo a bater sucessivos recordes.

— A procura por produtos de petróleo é o que realmente tem conduzido à alta dos mercados — afirmou o analista Brad Samples, da Summit Energy.

— O aumento dos estoques de destilados combinado com a maior capacidade de refino traz alívio no curto prazo, no que diz respeito à relação fornecimento/demanda — explicou.

De acordo com o DOE, a demanda dos EUA por petróleo é 2,4% menor no ano até agora em comparação com igual período de 2007.

Estoques

Entretanto, os analistas também lembram que os dados do DOE são mistos. Os estoques de petróleo subiram apenas 200 mil barris — esperava-se elevação de 1,8 milhão de barris — e os de gasolina declinaram 1,7 milhão de barris, quando o estimado era queda de 100 mil barris.

— Levando-se em conta todos os fatores, estamos relutando em fazer uma leitura aprofundada dos dados desta semana e, em conseqüência, fica aberta a porta para outra escalada dos preços do óleo de aquecimento, todos os produtos do complexo de petróleo podem bater novos recordes na semana que vem — disse o presidente da consultoria Ritterbusch and Associates, Jim Ritterbusch.

Na terça-feira, o óleo de aquecimento atingiu recorde porque um relatório apontou queda nos estoques europeus de destilados. Hoje, o galão fechou em baixa de 2,19%, em US$ 3,6178. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado
 
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