| 14/05/2008 12h40min
O Acordo de Cooperação na Área Energética, assinado no fim da manhã desta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, manterá a aliança alemã ao programa nuclear brasileiro até, pelo menos, o funcionamento da usina de Angra 3, no Estado do Rio de Janeiro.
Em 2006, o governo alemão avisou Brasília que não queria mais manter o acordo anterior, de 1975, porque não havia interesse de Berlim na cooperação na área nuclear. O acordo de 1975 previa a construção, no Brasil, de oito grandes reatores nucleares para a geração elétrica e a implantação de uma indústria teuto-brasileira para a fabricação de componentes e de combustível para reatores em um prazo de 15 anos. Porém, nos últimos 33 anos, nem mesmo a metade dessa ambição foi alcançada.
Entretanto, para o Brasil, o acordo de 1975 não poderia ser rasgado antes da conclusão de Angra 3, uma das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado no ano
passado e em andamento.
Daí a insistência do Itamaraty na inclusão de compromissos alemães de fornecimento de equipamentos e de peças para essa usina.
Uma vez concluída Angra 3, o governo brasileiro trocará a cooperação nuclear da Alemanha pela de outro país europeu mais alinhado a esse setor. Na disputa estão a França, a Inglaterra e a Bélgica.
Presidente Lula e chanceler da Alemanha, Angela Merkel, participaram da solenidade
Foto:
Fernando Bizerra Jr, EFE
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