| 13/05/2008 06h17min
No início da noite dessa segunda-feira, dia 12, o caminhoneiro Júlio Jorge de Paula, 34 anos, estava próximo de encerrar uma maratona pelas rodovias argentinas, onde enfrentou duas barreiras até conseguir entregar uma carga de polietileno, em Buenos Aires.
O bloqueio é promovido por produtores rurais contra o aumento nas taxas de exportações adotado pelo governo de Cristina Kirchner. Júlio deveria ter retornado para Uruguaiana no fim da tarde de sábado, mas enfrentou atraso de 39 horas na viagem.
Como os bloqueios só atingem quem está entrando no país, o retorno do caminhoneiro foi tranqüilo. Contratado por empresa com sede em Uruguaiana, a viagem começou no início da manhã de sexta-feira. No primeiro bloqueio, encostou às 8h, em Chajarí, província de Entre Ríos, onde se juntou a uma fila de mais de cinco quilômetros de caminhões. Ficou parado até as 16h.
– Fiz comida na cozinha improvisada do caminhão e tomei mate para passar o tempo – conta Júlio.
Em Gualeguaychu, às 21h de sexta-feira, foi ainda pior: deparou-se com uma fila de caminhões que ultrapassaria 20 quilômetros. Só saiu do local às 4h da madrugada de domingo.
– Os ruralistas ofereceram churrasco e refrigerante, mas a maioria não quis. Cada um cozinhava em seu caminhão – contou o motorista.
ZERO HORA
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