Raphael Salomão/Enviado Ribeirão Preto

As boas vindas aos visitantes são dadas sem falsa modéstia. Ribeirão Preto se coloca como “a capital do agronegócio” nesta semana em que sedia a Agrishow. A abertura está marcada para as 10h desta segunda-feira, dia 28, no Pólo de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-leste.

O trabalho de montagem e organização dos estandes entrou pela noite de domingo. Segundo a organização, pelo menos 5 mil pessoas estão envolvidas com a estrutura do evento e outras 25 mil estarão envolvidas com a prestação de serviços durante a feira.

A Agrishow é considerada a principal vitrine de tecnologia para o agronegócio do país. Tem como missão aproximar o produtor rural, seja de pequeno ou grande porte, das principais inovações tanto em máquinas e equipamentos quanto em técnicas de plantio e manejo.

– O Brasil está no top, mas esse patamar está sempre aumentando e o país acompanha. É muita tecnologia – avalia o diretor de feiras da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Jaime Bydlowski.

A feira realiza as atividades deste ano em meio a previsões otimistas. De acordo com dados oficiais, a safra de grãos deste ano deve ser de 140,8 milhões de toneladas e a renda agrícola, em R$ 146,7 bilhões. Desta forma, a organização da Agrishow espera que 135 mil pessoas visitem o local da exposição e fechem negócios da ordem de R$ 800 milhões, contra R$ 710 milhões do ano passado.

– A agricultura brasileira está numa fase áurea – diz Jayme Bydlowski, para justificar tamanho otimismo.

Outro fator que justificaria as previsões, segundo ele, é uma particularidade da Agrishow em relação a outras cerca de 80 feiras de máquinas e equipamentos para diversos setores, promovidas pela Abimaq: boa parte dos pedidos é feita durante o evento, em virtude, principalmente, do contato direto entre o cliente e o fabricante.

Bydlowski acredita ainda que a Agrishow deste ano será um grande fórum de discussão sobre a relação entre a produção de alimentos e biombustíveis, que tem causado polêmica. O diretor de feiras da Abimaq endossa a tese de que, no Brasil, há espaço suficiente para o pleno convívio das duas cadeias produtivas.

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