| 25/04/2008 17h52min
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta e voltaram a flertar com a marca de US$ 120 o barril em meio ao retorno das tensões entre os EUA e o Irã e a perspectiva de problemas na produção do Mar do Norte.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro de petróleo com vencimento em junho fechou em alta de US$ 2,46, ou 2,12%, a US$ 118,52 o barril. O contrato futuro do petróleo Brent para junho, negociado em Londres, subiu US$ 2 para US$ 116,34, após renovar seu preço máximo histórico durante a sessão, a US$ 117,56.
Os operadores já vinham negociando o petróleo em alta tendo em conta a redução na oferta global de petróleo que será causada pela paralisação do oleoduto Forties no Reino Unido e pela greve e os ataques à infra-estrutura de petróleo na Nigéria.
Foi, porém, a volta das tensões entre os EUA e o Irã que fez o produto chegar a US$ 119,55 na máxima do dia em Nova York, deixando o petróleo pouco abaixo de
seu maior preço histórico, de US$
119,90, registrado na terça-feira.
Um navio contratado pelas forças militares dos EUA fez disparos de alerta contra dois barcos supostamente iranianos no Golfo Pérsico, reacendendo os temores de que o conflito entre os dois países possa prejudicar a rota dos petroleiros. O Irã negou que barcos iranianos tenham se envolvido em qualquer incidente no Golfo. "(O incidente EUA-Irã) é complemente irrelevante" para a oferta de petróleo mundial, disse o analista Kyle Cooper, da corretora IAF Advisors em Houston.
— De qualquer forma, aumenta o sentimento geral altista.
A greve de dois dias marcada para começar domingo na refinaria em Grangemouth, Escócia, deve prejudicar o sistema de oleoduto Fortis, da BP, que tem capacidade de 700 mil barris por dia. O fechamento do oleoduto deve começar na noite de sexta-feira, informou a BP.
Além disso, uma greve na Nigéria cortou os volumes de produção do maior produtor de petróleo da África. A
ExxonMobil confirmou que parte de sua produção
nigeriana foi paralisada, embora não tenha confirmado a informação do sindicato de que 200 mil barris por dia serão afetados. A Royal Dutch Shell parou na segunda-feira a produção de 170 mil barris por dia na Nigéria depois de um ataque a um oleoduto. As informações são da agência Dow Jones.
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