| 01/04/2008 09h29min
Pela primeira vez na história, supermercados e açougues da Argentina estão sem carne. Conseqüência da paralisação das atividades dos produtores rurais, em protesto contra medidas do governo Cristina Kirchner.
Pelo menos 95% dos estabelecimentos não têm mais o que comercializar. Em alguns locais, as vendas são racionalizadas. A produção de frango também está ameaçada. Na semana passada, 1,3 milhão de aves tiveram de ser sacrificadas por falta de ração.
Na segunda-feira, dia 31, o governo anunciou medidas para tentar conter as manifestações. Mas se mostrou irredutível em relação a uma das principais reivindicações dos produtores: a revisão dos aumentos de impostos de exportação.
Entidades que representam o setor manifestaram insatisfação com o anunciado pelo governo, como informa o enviado especial do Canal Rural à Argentina, Ricardo Cunha. Mas demonstraram a intenção de liberar algumas cargas, já que a falta de produtos atinge também províncias do interior do país.
Ainda há pontos de tensão, informa Ricardo Cunha. Na Rodovia do Mercosul, um dos principais locais de protesto, foi necessária intervenção das forças de segurança para liberar o tráfego, que, depois, voltou a ser interrompido pelos manifestantes.
A polícia da Argentina permanece de prontidão na rodovia para promover novas liberações. Fala-se até em um eventual problema diplomático com os demais integrantes do Mercosul por causa da interrupção da rota internacional.
Governo e ruralistas procuram dar demonstrações de força. Está previsto para esta terça-feira, dia 1, em Buenos Aires, um ato de apoio à presidente Cristina Kirchner. Já os produtores convocam para esta quarta-feira, dia 2, uma manifestação que vem sendo chamada de Marcha para Buenos Aires.
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