| 26/03/2008 13h21min
Os presidentes dos conselhos da controladora da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa Holding) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) enfatizaram que a Nova Bolsa será uma integração, e não uma fusão entre as duas. O diretor-geral da BM&F, Edemir Pinto, destacou a questão das câmaras de compensação (clearings) das duas casas como um exemplo da dificuldade em se fundir as companhias.
— Na fusão, você simplesmente funde duas áreas, e não é exatamente isso que vai acontecer — declarou, citando o exemplo da BM&F, que tem clearings de derivativos, câmbio e de ativos, sendo que cada uma delas possui sua própria janela de deliberação, enquanto a Bovespa possui a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), e uma fusão destas câmaras "não é possível".
A Nova Bolsa, nome provisório, oferecerá um modelo de negócios integrado, com quatro clearings: de ativos, derivativos, ações e câmbio, além de um sistema de custódia completo e um banco de
liquidação próprio. Segundo
Pinto, a integração ocorrerá "de forma gradual e muito bem estudada":
— A nova companhia vai zelar pelas boas práticas e terá boa gestão de governança.
De acordo com o diretor-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, a Nova Bolsa reúne dois mercados diferentes e complementares, de derivativos e à vista. Segundo ele, esses dois possuem uma "dinâmica própria e favorável", já que quando um se deprime, o outro tende a se acelerar, e essa condição deverá ser aproveitada na nova companhia.
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