| 18/03/2008 14h51min
O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Nicola Tingas, minimizou o resultado da pesquisa de Projeções Econômicas e Expectativas de Mercado, elaborada pela entidade, na qual 84% das instituições financeiras consultadas acreditam que a crise financeira nos Estados Unidos pode afetar a economia brasileira.
— Ainda não sabemos quais serão todos os desdobramentos da crise internacional — ponderou, acrescentando que o risco financeiro é pequeno.
Tingas avaliou que o sistema financeiro brasileiro é "sólido e sadio" e que o quadro doméstico também é muito bom. Em sua visão, dado o contexto nacional favorável, o impacto da crise financeira externa será limitado.
— Seremos pouco afetados pela crise internacional, apesar de sabermos que sempre há algum respingo — disse.
Os bancos entrevistados pela Febraban destacaram como seus maiores medos a diminuição da taxa de crescimento da economia global, a deterioração da
economia norte-americana e a diminuição da
liquidez mundial (oferta de crédito).
— No caso de um forte desaquecimento global, os preços das commodities (matérias-primas) podem ser afetados. Neste caso, a balança comercial brasileira seria a maior prejudicada — admitiu Tingas.
Segundo o economista-chefe da Febraban, a crise norte-americana é "enorme" e o banco central americano está tentando apagar incêndios, mas o cenário no Brasil não é de crise.
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