| 18/03/2008 09h45min
O mercado financeiro tenta recuperar-se na manhã desta terça-feira do pânico que assolou os negócios ontem, apoiado na expectativa de que o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, corte a taxa básica de juros no país em um ponto percentual, para 2% ao ano. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o primeiro negócio com dólar à vista fechado nesta manhã confirmou essa sinalização. O dólar foi cotado a R$ 1,703, queda de 1,16% (ontem a moeda havia subido 0,58%, fechando o dia a R$ 1,723).
A tensão de segunda-feira foi resultado, principalmente, da compra do banco de investimentos americano Bear Stearns pelo JPMorgan por apenas US$ 2 por ação. O mercado chegou a especular com a possibilidade de que o banco Lehman Brothers também esteja numa situação próxima da insolvência. Por aqui, o mercado de câmbio acompanhou as tensões e manteve as cotações do dólar em alta pelo terceiro pregão consecutivo ontem. A maior tranqüilidade internacional depois do encerramento do mercado à
vista de câmbio
nacional, no entanto, permitiu em recuo das taxas do dólar no after market da BM&F, sinalizando que a abertura de hoje poderia mesmo ser mais amena.
Internamente, o mercado "relativiza" o estresse internacional. As autoridades, os agentes financeiros e organismos internacionais continuam afirmando que os países emergentes estão se saindo bem perante as turbulências e, entre eles, o Brasil é um destaque positivo. Ainda assim, começam a admitir que a situação é de maior tensão do que previsto e que os efeitos disso serão sentidos. Até o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse, ontem, que a crise "a cada dia parece um pouco maior". E acrescentou que "alguns começam a falar numa crise parecida com a de 1929".
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