| 13/03/2008 08h47min
Os presidentes da mineradora anglo-suíça Xstrata, Mick Davis, e da negociadora Glencore, Ivan Glasenberg, estão chegando ao Brasil para se encontrar com o presidente da Vale, Roger Agnelli. Os três vão tentar uma última cartada para aparar as arestas que tornam a cada dia mais difícil a operação de compra da Xstrata pela Vale. O negócio chegou a um ponto praticamente sem solução. A questão financeira é um dos empecilhos.
A Vale oferece 45 libras esterlinas (cerca de US$ 90) por ação da Xstrata, enquanto esta e Glencore — a maior acionista da mineradora, com cerca de 35% de participação — querem 50 libras por ação (cerca de US$ 100). Além disso, a operação, avaliada em cerca de US$ 80 bilhões, pressupõe a troca de ações. Como as ações da Vale vêm registrando quedas, a questão financeira tornou-se uma equação difícil de ser resolvida. Recentemente, Agnelli afirmou que a Vale havia chegado ao seu limite na proposta.
Um outro grande problema a ser contornado é a pretensão
da Glencore de manter
direitos sobre a comercialização de minerais que detém hoje como principal acionista da Xstrata. Esses direitos são responsáveis por boa parte da receita da empresa. A Vale, no entanto, reluta em manter esses direitos e já afirmou que não abre mão, em nenhuma hipótese, do controle sobre a negociação do minério de ferro, seu principal produto.
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