| 11/03/2008 09h14min
O diretor-executivo de Assuntos Corporativos e Energia da Vale, Tito Martins, acusou na segunda-feira o Movimento dos Sem-Terra (MST) de usar a empresa para garantir visibilidade política para as suas reivindicações. Ele disse que processará os líderes nacionais e estaduais do movimento, que nos últimos dias fizeram duas ações contra a mineradora — no sábado, depredaram uma unidade da ferro-Gusa no Maranhão; ontem, bloquearam a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
— Eles querem atingir a Vale para dar cunho político a um movimento que não reconhecemos como legítimo. Discordamos desses atos de banditismo e não negociamos com bandidos — declarou Martins, acrescentando que o departamento jurídico da empresa está estudando a melhor forma de processar os chefes do movimento no âmbito criminal e cível.
Na paralisação da ferrovia, o maquinista Pedro Jesus Simão, de 63 anos, teria sido impedido de deixar o vagão. No final do dia, quando a empresa já tinha obtido a ordem
de reintegração de posse,
os manifestantes liberaram a pista e o funcionário.
A Vale afirma que todas as famílias retiradas da região da Barragem de Aimorés — um dos motivos alegados pelo MST para a invasão de ontem — já foram reassentadas.
— Até as pessoas que não tinham casa receberam o imóvel ou a opção de ganhar uma carta de crédito, se optasse por comprá-la em outro lugar — respondeu a diretora de energia, Vânia Somavilla. Segundo ela, a empresa construiu a estação de tratamento de esgoto, que está em fase de finalização.
No sábado, cerca de 600 camponeses invadiram uma unidade da Ferro Gusa Carajás, empresa da Vale no Maranhão. Eles depredaram a sede da empresa, exigindo a paralisação de 71 fornos que prejudicaria a saúde de 1.800 assentados nas proximidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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