| 18/02/2008 17h54min
Com o feriado nos Estados Unidos e a ausência de indicadores econômicos importantes, notícias corporativas garantiram um início de semana favorável no mercado financeiro. A Vale anunciou um reajuste de até 71% nos preços do minério de ferro e o governo britânico nacionalizou o banco de hipotecas Northern Rock. Internamente, os dados sobre vendas no varejo, inflação e balança comercial também agradaram. Por isso, as principais bolsas na Europa fecharam em alta e a Bovespa opera em terreno positivo desde a abertura.
O mercado cambial reduziu o ritmo de negócios e também o fluxo cambial, mas a moeda americana passou toda a sessão em baixa em relação ao real. O dólar comercial terminou o dia a R$ 1,736, em queda de 1,03%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista caiu 0,97% e encerrou o dia também a R$ 1,736. É o menor nível em mais de um mês. O giro total à vista diminuiu 55%, para cerca de US$ 729 milhões.
A percepção de que o fluxo
cambial segue favorável,
apesar da crise nos EUA, é outro fator que explica a queda da cotação da moeda americana. Hoje, o fluxo cambial foi fraco e aparentemente negativo. Além disso, novos sinais de desaceleração da inflação doméstica reforçam o sentimento de que a Selic, taxa básica de juros, poderá permanecer estável em 11,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nos dias 4 e 5 de março.
Como a expectativa dos investidores é de que os juros nos EUA poderão cair novamente, os operadores avaliam que o diferencial de juros interno e externo seguirá expressivo e atraindo fluxo financeiro para o país. Hoje, foi a vez do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de até 15 de fevereiro mostrar aumento de 0,48%, abaixo da taxa de 0,82% apurada na coleta de até 7 de fevereiro.
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