| 14/02/2008 20h06min
Os contratos futuros de petróleo subiram para a máxima em cinco semanas em Nova York e Londres, impulsionados pela redução das preocupações relacionadas à economia e percepção de risco quanto à oferta. Os novos relatórios econômicos acalmaram algumas preocupações sobre uma desaceleração nos Estados Unidos — maior consumidor mundial de energia. O indicador de pedidos de auxílio-desemprego contrariou as expectativas e caiu na semana passada, enquanto o déficit comercial diminuiu de forma acentuada.
Em depoimento ao Comitê de Bancos do Senado, o presidente do banco central dos EUA (Fed), Ben Bernanke, disse que vê uma economia "lenta" se acelerando no final deste ano e sinalizou abertura para cortes adicionais nas taxas de juro. Nos mercados de moedas, o dólar escorregou para a mínima da semana contra o euro em meio ao depoimento de Bernanke e isso deu suporte aos contratos futuros de petróleo, cujos preços são denominados na moeda americana. As preocupações relacionadas à oferta de
petróleo também
alimentaram a disposição para compras do mercado.
Na escalada da disputa legal sobre a nacionalização de um projeto de petróleo envolvendo a Venezuela e a ExxonMobil, o ministro de Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, disse à imprensa que as vendas à vista para a empresa americana estavam sendo suspensas e que o país estava considerando que ações tomar com relação à oferta para a refinaria em Chalmette, na Louisiana, que é uma joint-venture entre a Exxon e a Petróleos de Venezuela (PDVSA). No Irã, diplomatas disseram que centrífugas avançadas começaram a processar pequenas quantidades de gás de urânio, uma revelação que ocorre em meio às preocupações sobre o polêmico programa nuclear do governo iraniano.
Na Nymex, os contratos de petróleo WTI para março subiram US$ 2,19 (2,35%) e fecharam a US$ 95,46 por barril — nível mais alto desde 9 de janeiro. A mínima foi de US$ 93,25 e a máxima, de US$ 95,60. Na Bolsa Intercontinental (ICE), de Londres, os contratos de
petróleo Brent para março — que
venceram no final do dia — subiram US$ 1,79 (1,92%) e fecharam a US$ 95,11 por barril. A mínima foi de US$ 93,38 e a máxima, de US$ 95,49. Os contratos de Brent para abril subiram US$ 2,23 (2,40%) e fecharam a US$ 95,16 por barril.
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