| 14/02/2008 12h02min
As vendas da fabricante de automóveis francesa Renault cresceram 42,4% no Brasil em 2007 frente ao ano anterior e o país também foi o grande destaque na América Latina, sendo responsável pelo maior número de veículos da empresa comercializados na região. O presidente do Grupo Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, disse hoje que "2007 foi o ano da qualidade" e que 2008 "será o ano do crescimento", já que serão observados os efeitos dos novos produtos lançados no mercado no ano passado.
Ghosn fez estas declarações durante a apresentação dos resultados financeiros de 2007 da companhia francesa no Centro de Convenções do Grupo. Apesar de o lucro líquido do fabricante de automóveis francês ter caído 7,6% no ano passado em relação a 2006, até 2,734 bilhões de euros, o presidente da Renault disse que para este ano espera aumentar a margem operacional até 4,5% e elevar em 10% o volume de vendas.
No ano passado, as vendas de veículos cresceram 2,1%, até 2,48 milhões de unidades,
e a margem operacional
ficou em 3,3%, contra 2,6% de 2006. Segundo Ghosn, o resultado ultrapassou "o objetivo de 3% fixado pela companhia no Contrato 2009".
Além disso, a contribuição da Nissan ao volume de negócio caiu 31,1% em relação a 2006 e passou de 1,888 milhão de euros a 1,288 milhão de euros em 2007. No entanto estes resultados de lucro líquido farão com que na próxima Assembléia Geral de acionistas, em abril, a Renault proponha fixar um dividendo aplicado em 2008 sobre os resultados de 2007 de 3,8 euros por ação, frente a 3,1 euros aplicados no ano passado sobre os resultados de 2006.
O Grupo Renault obteve um volume de negócio de 40,682 bilhões de euros em 2007, 1,8% a mais que no ano anterior. O índice de endividamento líquido sobre os fundos próprios aumentou em dois pontos, até 9,5% em 2007, totalizando 2,088 bilhões de euros.
— Estamos em sintonia para conseguir o Contrato 2009 — fixado em 2006, disse o presidente da empresa. O acordo tem como meta
alcançar em quatro anos uma margem
operacional de 6% e um aumento das vendas de veículos de 800 mil unidades.
A contribuição do segmento de Automóvel ao volume de negócios cresceu para 38,679 bilhões de euros, um aumento de 1,6% frente a 2006. Já o setor de financiamento de vendas representou 2,003 bilhões de euros no faturamento total, uma alta de 4,8% em relação ao ano anterior. As vendas da empresa caíram 4,1% na Europa, enquanto nas Américas cresceram 32,2%.
O presidente da Renault se mostrou satisfeito com o resultado e disse que, apesar do entorno macroeconômico desfavorável, a empresa conseguiu crescer graças ao lançamento de nove veículos novos no ano e aos crescimentos nas vendas em mercados emergentes como Rússia e Índia. Quanto à produção de veículos ecologicamente corretos, Ghosn calculou em um prazo de três anos a comercialização de um modelo de veículo elétrico para os mercados mundiais.
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