| 21/01/2008 08h47min
Apesar da extrema volatilidade do mercado financeiro, o real tem reagido bem às bruscas movimentações dos investidores. Segundo dados da Tendências Consultoria Integrada, a moeda foi uma das que menos se desvalorizaram no mês desde que a crise americana estourou.
Até sexta-feira (dia 18), a desvalorização da moeda em relação ao dólar era de 0,56%. Já a moeda da África do Sul, rand, caiu 2,99%; a libra esterlina do Reino Unido, 1,55%; o won da Coréia do Sul, 1,04; o dólar canadense, 3,55%; e o dólar neozelandês, 1,02%.
Em meados do ano passado, quando a crise das hipotecas de segunda linha (subprime) começou, o real reagiu negativamente. Chegou a bater R$ 2,09 por dólar, mas acabou se recuperando com o arrefecimento da crise. Dessa vez, a desvalorização tem ocorrido de forma lenta. Nesta semana, no auge da crise, a moeda chegou ao máximo de R$ 1,787 e fechou a sexta-feira em R$ 1,785.
Para especialistas, esse é um sinal de confiança do investidor
estrangeiro no país. Isso porque os
fundamentos econômicos estão muito mais fortes agora do que no passado. Hoje o Brasil conta com um expressivo saldo da balança comercial, de US$ 40 bilhões. Além disso, têm índices de inflação bem menores que no passado e um mercado de capital muito mais desenvolvido.
Sem contar nas reservas estrangeiras, que atingiram US$ 167 bilhões. Tudo isso causa uma boa impressão ao investidor internacional, garantem os economistas.
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