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 | 06/12/2007 06h19min

Paulo Roberto Falcão: A vez de Pato

Pela primeira vez, Dunga terá a oportunidade de trabalhar com Alexandre Pato e de comandá-lo num jogo. É amistoso, mas o confronto entre os melhores do Brasileirão e o time olímpico tende a servir de laboratório para os aspirantes à Seleção principal. Pato está a três semanas de estrear no Milan e deve estar também ansioso para mostrar o seu futebol ao técnico da Seleção.

Mas a pressão para Dunga utilizá-lo logo reduziu-se bastante com a boa apresentação de Luís Fabiano na vitória de virada sobre o Uruguai. Agora já existe a sensação de que a Seleção tem centroavante - e não apenas possibilidades como Vágner Love e Afonso Alves. Ainda assim, quem acompanha a carreira de Pato sabe que ele tem uma qualificação diferenciada e que tende a conquistar um lugar tão logo receba a oportunidade adequada.

Esta oportunidade pode surgir no amistoso de domingo. Apesar da diferença de idade e de experiência, a garotada é que tem mais interesse em mostrar serviço para o técnico e para o público. E tende, também, a estar mais entrosada, pois os jogadores que estavam disputando o Brasileirão só se conhecem como adversários.

Sem comparações
Registrei aqui ontem que um dos jornais de maior prestígio na Itália - a Gazzetta dello Sport - publicou uma reportagem dizendo que Pato tem o drible de Careca, a personalidade de Romário e a fina educação de Kaká. Apesar de elogiosas, as comparações não me parecem adequadas. Pato é jovem, ainda precisa construir a sua carreira. Ao seu estilo.

Revelação
Digitação equivocada: é Breno e não Bruno a revelação do Brasileirão. E Breno não deverá marcar Pato no jogo do próximo domingo, pois também está convocado para a seleção pré-olímpica. Acho que Dunga preferirá vê-lo junto com os companheiros que vão a Pequim.

Cota
Dunga avisou que vai utilizar a cota de três jogadores acima de 23 anos na seleção olímpica. Até Kaká já disse que gostaria de participar. Mas o ideal para o treinador é, primeiro, observar os jogadores convocados dentro da idade para, só então, chamar reforços nas posições mais carentes. Não teria sentido, por exemplo, convocar Rogério Ceni se o goleiro jovem estiver correspondendo plenamente.

Salário
Pelo profissional que é, Mano Menezes tem condições de devolver o Corinthians à Série A. Uma missão dessas merece recompensa compatível. Mas também desperta ciúmes. De minha parte, acho que o salário só interessa a quem paga e a quem recebe.

 
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