| 16/11/2007 07h21min
A pausa no Brasileiro e o feriadão levaram centenas de colorados às salas de cinema da Capital. Como se estivessem em uma partida no Beira-Rio, caracterizados com camisetas, bonés e até mesmo bandeiras, torcedores de todas as idades se emocionam, sofrem e relembram os grandes momentos do Inter no Mundial de Clube ao assistir o documentário "Gigante — Como o Inter Conquistou o Mundo".
Durante as sessões, a torcida faz sua parte e "completa" o documentário. Emocionada, bate palmas, vibra com os depoimentos de Fernandão e cia., ri com as piadas do ex-presidente Fernando Carvalho. Em alguns casos, canta "Vamo, vamo, Inter" e outros hinos das torcidas organizadas.
— Se na sessão não baterem palmas, cantarem e chorarem, pode acreditar: são gremistas — brinca um dos funcionários do cinema.
O professor Eduardo Braga, 48 anos, passou a última quarta-feira no cinema. Assistiu às cinco sessões do filme dirigido pelo colorado Gustavo Spolidoro. Chorou em
todas.
— Impossível não se
emocionar. Se eu assistir um milhão de vezes, chorarei em todas — exagera Braga.
O casal de namorados Margie Basso, 23 anos, e Eduardo Silva, 25, decidiram assistir ao filme juntos. Mas no dia da decisão foi diferente. Ele se isolou em seu apartamento na zona sul de Porto Alegre e só falou com alguém quando o árbitro encerrou o jogo e confirmou a vitória colorada sobre o Barcelona.
— O filme dá para ver acompanhado. Se chorar hoje é de alegria, de felicidade. Naquele dia não queria ver ninguém — lembra Silva.
— É bom para relembrar tudo o que passei naquele 17 de dezembro. É uma data que ficará marcada na minha vida para o resto da vida — conta Margie, que, na época, morava em Cruz Alta.
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