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 | 06/11/2007 22h38min

Tigre leva 2 a 0 do CRB e praticamente diz adeus à Série A

Luis Gonzaga Milioli estreou com derrota no comando do tricolor

Rodrigo Celente  |  rodrigo.celente@rbsonline.com.br

Foi deprimente. O Criciúma sucumbiu muito fácil ao CRB. Marcelo Nicácio, aos 45 segundo do primeiro tempo e aos 6 minutos da segunda etapa, praticamente liquidou as esperanças do Tigre de voltar à elite do futebol brasileiro em 2008. Jogando um futebol frouxo, sem pegada, a equipe perdeu para os alagoanos na noite desta terça, dia 6.

A equipe está estacionada nos 50 pontos. Para se ter uma idéia da situação complicada, para dizer o mínimo, o Ipatinga, atualmente na quarta posição, tem cinco pontos a mais que o clube tricolor e ainda joga ainda neste sábado, contra o Gama. O Tigre não vence há seis rodadas (quatro derrotas e dois empates), ainda joga contra Paulista, Santa Cruz e Portuguesa.

Gol relâmpago

Quando os jogadores do Criciúma ainda se posicionavam dentro de campo para marcar o adversário, o time já perdia o jogo. Em menos de 1 minuto, desmoronou a estratégia de Luis Gonzaga Milioli. Ataliba, no meio, sem marcação foi avançando e lançou para dentro da área. O zagueiro do Tigre cortou errado, de cabeça. A bola então sobrou para Marcelo Nicácio. Com um bonito chute, de primeira, o atacante estufou as redes de Zé Carlos. O relógio do árbitro marcava 45 segundos.

CRB recuou

Quem esperava que o CRB fosse, empolgado com o gol, se atirar ao ataque, se enganou. O time foi para trás. A idéia era explorar o contra-ataque com Sidney, Ataliba e Marcelo Nicácio. Aos 35 minutos, o meia Sidney, da entrada da área, recebeu livre. Porém, na hora do chute se desequilibrou e facilitou a defesa do goleiro tricolor.

Reação aos trancos e barrancos

O Tigre sabia que só a vitória manteria alguma esperança de chegar à elite em 2008. Largou-se ao ataque. Entretanto, sem muita articulação. Os jogadores chegavam perto da linha de fundo e alçavam bolas. Eram medidas desesperados. Jean Coral, aos 20 minutos, num destes levantamentos, subiu mais alto do que a zaga adversária e cabeceou rente ao travessão. Dez minutos depois, a bola voltou a ser alçada na área dos donos da casa e Jean Coral teve nova chance, parando nas mãos de Jéferson. Foi só o que o Tigre conseguiu fazer. Foi muito pouco.

CRB com 10

Alexandre, que marcava forte os meias do Tigre (apesar dos mesmos não se esforçarem para sair da marcação) fez falta dura e como já tinha amarelo, foi mais cedo pro chuveiro.

Vantagem?

Quem acreditava que o Tigre poderia usar a vantagem numérica para reverter o placar no começo da etapa final se enganou. Isso porque, aos 6 minutos do segundo tempo, Marcelo Nicácio recebeu lançamento longo. Na direita, ele invadiu a área, e com calma, bateu no alto. A bola desviou no pé do zagueiro do Tigre e entrou no ângulo de Zé Carlos. Foi um golpe duro demais.

Contragolpes alagoanos

Perdido, atordoado, o Tigre escapou de sofrer uma goleada. Aos 21 minutos, Buiú, sem ângulo, mandou cruzado. A bola bateu na rede pelo lado de fora. Aos 40 minutos, Júnior Amorim invadiu a área, limpou o zagueiro e chutou colocado. Zé Carlos teve que se esticar para fazer a defesa.

Última chance do Tigre

Helton, aos 36, disparou um foguete. Jeferson deu rebote. Dentro da pequena área, Kelson, livre, fez o mais difícil: mandou pra fora. Terminava o fôlego do Tigre no jogo, e quem sabe, para também voltar à Série A em 2008.

 
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