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 | 03/08/2007 15h38min

Cubanos que desertaram do Pan serão deportados do Brasil

Guillermo Ringodeaux e Erislandy Lara estão sob vigilância da Polícia Federal

Os dois boxeadores cubanos que desertaram durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, encontrados quinta-feira em Praia Seca, no litoral norte do Rio de Janeiro, serão deportados do Brasil assim que o Governo de Cuba devolver a eles seus passaportes. A informação foi divulgada nesta sexta por fontes da polícia.

Os boxeadores Guillermo Ringodeaux, de 26 anos e bicampeão olímpico e mundial na categoria peso galo, e Erislandy Lara, de 24 anos e campeão mundial na categoria peso médio, estão sob liberdade vigiada, já que, como estão sem passaporte, tecnicamente se encontram em situação irregular no Brasil. Após terem sido surpreendidos em uma localidade da Região dos Lagos, onde passaram vários dias na companhia de um empresário cubano, de um alemão e de três prostitutas, os boxeadores foram conduzidos na madrugada de hoje a um hotel, onde são observados por agentes da Polícia Federal.

Um porta-voz da PF disse que os dois desportistas terão que retornar a Cuba, na condição de deportados, tão logo recebam seus passaportes e consigam vôos com destino a Havana. Os vistos com que contavam os boxeadores só autorizavam sua permanência no Brasil durante os Jogos Pan-Americanos, encerrados no último domingo.

Em suas declarações à Polícia Federal, os dois boxeadores disseram que estão arrependidos e desejam retornar a Cuba, e rejeitaram a ajuda de dois advogados, que se apresentaram na sede da Polícia Federal e insistiram em representá-los. Os dois caribenhos tinham sido vistos, nos últimos dias, em diversos pontos do litoral norte do Rio de Janeiro, em total liberdade, e desfrutando de festas regadas a bebidas alcoólicas e mulheres.

Rigondeaux e Lara, as duas maiores estrelas da equipe cubana de boxe, estavam desaparecidos desde 22 de julho, quando não se apresentaram para a pesagem para suas lutas classificatórias no Pan. O caso teve ressonância mundial, e as deserções foram confirmadas e condenadas pelo próprio líder cubano, Fidel Castro, que os acusou de "traição à pátria".

AGÊNCIA EFE

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